ACM Neto admite crise em sua gestão: “não foi eu e nem Bruno Reis que criamos o problema”

ACM Neto admite crise em sua gestão: “não foi eu e nem Bruno Reis que criamos o problema”
Foto Divulgacão

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), rebateu os ataques de vereadores e deputados de Oposição que apontam a sua decisão pelo estabelecimento de uma outorga onerosa para o transporte público, no início de sua gestão, como responsável pela crise no sistema de transporte público de Salvador, concretizada em 2020, com o fim da operação da CSN, empresa responsável por uma bacia de ônibus na capital da Bahia.

“São críticas de Oposição, de pessoas que têm a coragem, não só vereadores; mas outro dia eu vi, não quero polemizar e nem vou fulanizar, uma grande liderança política da Bahia no campo oposto ao meu dizer que queria encontrar alguma coisa que eu tivesse pela cidade; quer dizer, uma brincadeira, é um desrespeito ao eleitor de Salvador que me elegeu com 74% em 2016 e que elegeu Bruno no primeiro turno como o prefeito mais bem votado das capitais”, afirmou Neto. 


“Salvador sabe do meu trabalho, da minha história. O transporte público já era um problema na minha gestão, eu vinha dizendo isso com muita transparência, várias declarações minhas você pode acompanhar. As coisas se agravaram muito no período da pandemia, e isso também foi pontuado. A prefeitura nunca colocou tanto dinheiro no transporte público como colocou na minha gestão e agora na de Bruno; agora, essa é uma questão que precisa de um apoio nacional que até hoje não saiu”, completou o ex-prefeito

 

O ex-prefeito procurou um aporte do governo federal para lidar com o problema e lembrou da intervenção após a quebra da CSN, ainda durante sua gestão.

“Eu vejo o Bruno, como eu fiz também, indo várias vezes a Brasília, basta pegar em todos os veículos de imprensa que vão ver quantas vezes eu fui e agora ele vai a Brasília, porque a gente não vê o Congresso Nacional avançar, o governo federal avançar em um tipo de apoio e a conta tá ficando toda no colo da prefeitura. Então temos problemas transporte público? Temos; ninguém vai negar e tapar o sol com a peneira para encobrir nada, agora, é uma questão nacional que se repete em todo país. Hoje [ontem] São Paulo está em greve e eu sei o que é que eu fiz para evitar uma paralisação do sistema de transporte, inclusive quando uma das bacias do consórcio veio a quebrar e tivemos que intervir e assumir. A própria prefeitura teve em minha gestão que botar ônibus para rodar, pagar rodoviário, para o sistema não parar”, lembrou o ex-prefeito de Salvador.

O pré-candidato ao governo da Bahia reconhece que o sistema enfrenta problemas que segundo ele são agravados pela falta de coordenação entre os entes federativos.

“Eu estou vendo o sacrifício, o esforço do prefeito Bruno, o quanto de dinheiro ele está se colocando no transporte público, que já era para ter parado, essa é verdade. Tem problema, tem? Agora a solução eu acho que passa, primeiro, no plano federal, por uma participação de apoio e subsídio do governo federal no transporte público, que é para o Brasil todo. E passa por uma postura mais colaborativa e participativa do governo estadual com os problemas do transporte público”, explicou o ex-prefeito de Salvador.

Ele reclamou das chantagens que foram feitas, sem citar o governo Rui Costa (PT). 

Recentemente, o governador da Bahia colocou como contrapartida para um aporte no transporte público que houvesse uma repactuação das linhas que atende ao metrô, proposta que não foi aceito pelo prefeito Bruno Reis (UB). 

“E se Deus me permitir ser eleito, uma das primeiras coisas que eu vou fazer é sentar com prefeito da capital e discutir quais são os caminhos para que estado e prefeitura possam marchar juntos, um ajudando o outro. Inclusive na questão tributária, na questão dos ICMS que incide sobre o óleo diesel. A gente sabe que o governo se recusou, durante todo esse tempo, a reduzir essa tributação e até às vezes fazendo uma chantagem com a prefeitura de Salvador que eu não me submetia ela e que Bruno também não se submete a ela. O problema transporte está aí, é real, ninguém vai dizer que não existe, não é de hoje o problema está aí, não foi Bruno Reis quem, não foi ACM Neto quem criou o problema”, destacou ACM Neto. Não tenho dúvida que se tiver uma parceria do governo federal com o governo estadual, os municípios do Brasil todo vão sair deste problema”, apontou ACM Neto.