Ricardo Mandarino esclarece especulação de patrocínio da PM à Marcha da Maconha e faz desafio sobre estudo que aponta letalidade policial contra negros

Trata-se do maior percentual entre os sete estados monitorados pela Rede de Observatórios de Segurança

Ricardo Mandarino esclarece especulação de patrocínio da PM à Marcha da Maconha e faz desafio sobre estudo que aponta letalidade policial contra negros
Foto: Divulgação

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, esclareceu que não houve patrocínio da PM à Marcha da Maconha, como foi disseminado em redes sociais e alguns sites.

Ele explica que se houve algum citação neste sentido, foi de forma espontânea de seus membros:
O gestor também tratou do estudo que apontou que na Bahia, de 616 pessoas mortas em decorrência de intervenção de agentes do Estado em 2021, 603 eram negras (528 pardas e 75 pretas). O número representa 97,9% dos casos, quando descartados os casos em que a raça da vítima não é informada.

Trata-se do maior percentual entre os sete estados monitorados pela Rede de Observatórios de Segurança, de acordo com o boletim Pele alvo: a cor que a polícia apaga.

Bruno Paes Manso, pesquisador da Rede e do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e um dos responsáveis pelo estudo, afirma que a Bahia é “uma novidade que vem se consolidando há alguns anos” em relação ao aumento da letalidade policial, “porque é um estado governado por partidos considerados progressistas há praticamente 16 anos”. Ainda assim, o estado se tornou junto com o Rio de Janeiro os mais violentos, sendo a maioria das vítimas negra.

Destacando o investimento em Inteligência, Mandarino fez um balanço de sua gestão que se encerra no próximo dia 1° de janeiro