Bamor é novamente proibida de comparecer aos estádios

Torcedores ficam proibidos de comparecer aos estádios com elementos que os identifiquem como membros da Bamor

Bamor é novamente proibida de comparecer aos estádios
Foto: Divulgação

A torcida organizada Bamor foi novamente probida pela Justiça de comparecer aos estádios de futebol durante eventos esportivos em todo o país. Esta é a segunda vez que a probição acontece somente no ano de 2022. O pedido de suspensão da Bamor foi feito pelo Ministério Público estadual após um episódio violento de briga entre torcidas organizadas no bairro de São Caetano, em Salvador, no dia 4 de setembro. 

A decisão da Justiça foi publicada nesta quinta-feira, dia 15. A proibição vale até o julgamento do mérito da ação civil pública ajuizada pelo MP, por meio da promotora de Justiça Thelma Leal. Não existe previsão de quando o mérito será julgado. 

Em fevereiro deste ano ano, a Bamor ficou proibida de frequentar os estádios após integrantes da torcida serem identificados como responsáveis por um atentado a bomba ao ônibus do Bahia, que deixou jogadores feridos. A torcida só voltou a frequentar o estádio no jogo contra o Vasco, no dia 28 de agosto. 

Com a proibição, os torcedores ficam proibidos de comparecer aos estádios portando elementos que os identifiquem como membros da Bamor, a exemplo de qualquer vestimenta, bonés, faixas, bandeiras ou similares e devem manter uma distância de três mil metros dos arredores dos locais dos jogos. 

Foi determinado ainda o fechamento da sede da Bamor, com impedimento de realização de eventos e concentração de torcedores, ainda que sem utilizar elementos indicativos da torcida organizada, nos dois dias antecedentes aos jogos do Bahia. Conforme a determinação, a Bamor deve apresentar em prazo de cinco dias a lista atualizada dos seus integrantes. Eventual descumprimento de quaisquer determinações gera multa diária de R$ 5 mil.

Durante o mesmo pedido, o MP solicitou à Justiça as mesmas punições para a torcida organizada do Vitória, ‘Os Imbatíveis (TUI)’. No entanto, apesar do mesmo pedido, as ações são diferentes e ainda não houve uma decisão referente à TUI. 

O caso:


Membros de torcidas organizadas do Bahia e do Vitória protagonizaram cenas de violência na tarde de domingo no bairro de São Caetano, em Salvador. Os vídeos do confronto repercutiram nas redes sociais. Nas imagens é possível identificar a briga generalizada envolvendo os torcedores dos dois clubes baianos.

Três pessoas agredidas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levadas ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanecem internadas, segundo informações da Polícia Civil do Estado da Bahia (PC-BA).

Na ação, 54 pessoas foram conduzidas por policiais militares para a Central de Flagrantes, Delegacia de Repressão à Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) e Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca). 

Um outro vídeo mostra um carro dando ré em alta velocidade e atropelando os envolvidos na confusão. O veículo foi apreendido na localidade da Baixinha de Santo Antônio. O proprietário do VW Gol já foi identificado e está foragido. Outros dois envolvidos foram presos em flagrante por tentativa de homicídio. Eles são responsáveis por desferir pedradas e chutes nas vítimas que estavam no solo após atropelamento.

Um dos integrantes da organizada Bamor, internado após briga seria um dos quatro envolvidos no ataque ao ônibus do Bahia no dia 25 de fevereiro deste ano.

Marcelino Ferreira Barreto Neto, conhecido como Netinho e suspeito de participar no atentado contra o ônibus do Bahia, sofreu uma lesão grave no olho e fraturou um braço. As outras duas vítimas, identificadas como Alexandre Santana Franco e Lucas Queiroz da Silva, também estão internadas, mas não correm risco de morte.