Católico ultraconservador eleito presidente da Câmara da Itália

Lorenzo Fontana é conhecido por suas posições contra o aborto, a eutanásia e homossexualidade

Católico ultraconservador eleito presidente da Câmara da Itália
Foto: Divulgação

O político Lorenzo Fontana, um católico ultraconservador de 42 anos conhecido por suas posições contra o aborto, a eutanásia, a homossexualidade e a imigração, foi eleito nesta sexta-feira, 14, presidente da Câmara dos Deputados da Itália.

Fontana, atual vice-secretário-geral do partido de extrema-direita Liga e um dos políticos mais próximos do líder da formação, Matteo Salvini, superou por ampla margem os 201 votos necessários para conquistar o cargo.

A escolha de Fontana gerou protestos de alguns parlamentares do Partido Democrático (centro-esquerda), que exibiram um cartaz de protesto no Parlamento com a frase "Não a um presidente homofóbico e pró-Putin".

O novo presidente da Câmara dos Deputados teve o apoio da coalizão de direita que venceu as eleições legislativas de 25 de setembro, formada pelo partido pós-fascista Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália) de Giorgia Meloni, provável futura primeira-ministra, a Liga de Matteo Salvini e o Força Itália do conservador Silvio Berlusconi. 

Na quinta-feira, o braço direito de Meloni, Ignazio La Russa, cofundador do Irmãos da Itália, foi eleito presidente do Senado, segundo cargo em importância na Itália, atrás apenas do presidente da República, Sergio Mattarella.

O jornal La Repubblica publica nesta sexta-feira um currículo de Lorenzo Fontana: "Recita 50 Ave-Marias por dia, promove a restrição do direito ao aborto, é hostil ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à eutanásia e à sociedade multicultural".

A Itália terá em poucos dias Giorgia Meloni como primeira-ministra, à frente do governo de direita mais radical do país desde a Segunda Guerra Mundial.