Centro de Supercomputadores da BA é o maior do país voltado para indústria.

Centro de Supercomputadores da BA é o maior do país voltado para indústria.

O Centro de Supercomputadores da Bahia para Inovação Industrial do SENAI/Cimatec é o maior do país voltado exclusivamente para a indústria. São quatro máquinas de ponta que desenvolvem e testam tecnologias para várias empresas do Brasil.

Cada supercomputador equivale a 10 mil computadores pessoais. E criar toda estrutura exigiu um investimento de 20 milhões de dólares. O tempo útil de uma máquina dessas é de cinco anos.

"São máquinas que são muito caras, muito complexas, mas que elas consomem muita energia. À medida que você vai utilizando, novas máquinas vão surgindo, que são muito mais eficientes e conseguem computar muito mais com menor custo. Então, a gente precisa manter esse centro operando 24 horas por dia, 7 dias por semana", disse o gerente de computação do Cimatec, Adhevan Furtado.

"Então, toda uma estrutura de suporte para que essa máquina possa funcionar. Então a gente trabalha com praticamente dois centros de supercomputação: um onde a gente abriga as máquinas e outro onde a gente abriga todas as utilidades para fazer com que a máquina funcione", completou Adhevan.

O mais novo supercomputador tem capacidade para realizar 600 trilhões de operações por segundo. Com isso, outras máquinas vão surgindo. A previsão é de que os supercomputadores baianos possam entrar na era da tecnologia quântica, que usa nas pesquisas partículas menores que o átomo.

Os supercomputadores do estado vão ganhar um amigo mais imponente: um novo supercomputador está sendo montado e tem três vezes a capacidade dele. Ainda não há data sobre a inauguração do mais novo supercomputador.

Um prédio inteiro é usado só para gerar a energia que alimenta as máquinas. Para montar os parques eólicos baianos, por exemplo, foi preciso medir a força e a velocidade dos ventos e isso foi feito em um supercomputador.

Já para atuar na indústria de extração de petróleo e gás, um mini-submarino com jeito de peixe foi feito aqui na Bahia. Ele só deve ficar pronto em 2020. Até lá serão feitos vários testes, que só são possíveis graças a estes supercomputadores.

Pela internet, do Rio de Janeiro, o geofísico Jorge Lopez, que trabalha na empresa dona do submarino, conta porque foi preciso usar alta tecnologia nesses testes.

"Esses computadores são usados para simular o que acontece no campo, isso não pode ser feito por computadores normais", disse Jorge Lopez.