Hábito de usar medicamentos por conta própria cresce, alcançando 89? população no País

Com o avanço da Dengue no País, o risco de automedicação aumenta também e os perigos a saúde.

Hábito de usar medicamentos por conta própria cresce, alcançando 89? população no País
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Uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em parceria com o Datafolha, mostrou que o percentual de maiores de 16 anos adeptos da automedicação passou de 76% para 89% entre 2014 e 2022.

 

Em entrevista para o Jornal A Tarde,  a infectologista Clarissa Ramos conta que os medicamentos inadequados para quem está com dengue pertencem ao grupo dos anti-inflamatórios, citando nimesulida, ibuprofeno, cetoprofeno e diclofenaco como exemplos.

“São medicações que podem causar sangramentos espontâneos e a dengue é uma doença hemorrágica, que também pode causar sangramento, então a gente não pode favorecer isso”, explica.

 

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia reforçou sobre o uso de automedicação: 

 

"É preciso lembrar, em primeiro lugar, que qualquer remédio tem um potencial efeito de veneno, dependendo da dose, dependendo da quantidade que se ingira durante um determinado período. Além disso, tem as possibilidades de danos já conhecidos por várias drogas, seja ao sistema nervoso central, coração, rim ou fígado"

 

“Alguns pacientes, como os hipertensos, os diabéticos e os que têm insuficiência renal já têm complicações decorrentes de sua doença, como a dificuldade do metabolismo hepático, as alterações do funcionamento renal… o que faz com que as drogas, sendo usadas sem o controle médico, possam, mesmo em pequenas quantidades, causar danos sérios, inclusive a morte do paciente”, alerta Marambaia