A Bahia é um dos estado com constante alta dos combustíveis no país
![A Bahia é um dos estado com constante alta dos combustíveis no país](https://novasalvador.com.br/uploads/images/image_750x_629e4fa50ee61.jpg)
A Bahia é um dos estados com o combustível mais caro do país. Com tantos reajustes em tão pouco tempo, fica até difícil ranquear a posição, por causa das constantes mudanças de preço. Em cinco meses foram 11 mudanças: sendo oito aumentos e três quedas.
Essa instabilidade nos preços pode ser atribuída a diversos fatores, sendo o principal deles a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Mas essa situação acontece só na Bahia? Se o estado possui uma refinaria, por que o combustível não é mais barato? Qual o impacto disso no bolso dos baianos? De que forma esses aumentos interferem na economia geral?
![Refinaria Landulpho Alves foi privatizada e se tornou Refinaria Mataripe — Foto: Divulgação/Petrobras](https://s2.glbimg.com/jiEwrk-Wm6qWEHXo9jbHQV4LLvg=/0x0:715x328/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/y/Z/jcx0jgQtO3ulla9XJW5g/rlam-006.jpg)
Refinaria Landulpho Alves foi privatizada e se tornou Refinaria Mataripe — Foto: Divulgação/Petrobras
Para responder a essas perguntas, o g1 ouviu o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis (Sinicombustíveis), Walter Tannus, e o economista Marcelo Andrade, mestre em Administração Estratégica e professor de Finanças Corporativas.
O g1 também convidou a Acelen, empresa criada pelo grupo árabe Mubadala Capital, que comprou a então Refinaria Landulpho Alves – atual Refinaria Mataripe –, mas a Acelen informou que não teria disponibilidade para participar do debate.
![Walter Tannus — Foto: Reprodução/Redes Sociais](https://s2.glbimg.com/NAK7Oopvdi5Nw_NE8siBEcKYOgU=/0x0:600x420/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/f/S/ZDpq03RoaSOcdBgAf9Tg/walter-tannus.jpg)
Walter Tannus — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Walter Tannus considera que o principal vilão das instabilidades no preço do combustível, atualmente, é a guerra.
“Nós temos passado por um problema de apreensão muito grande, e de aumento não só do combustível, mas também dos gêneros de primeira necessidade. O maior culpado, se existe algum culpado, é a guerra. O mundo está passando uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia e isso tem contribuído bastante para a elevação do preço do barril do petróleo no mundo todo”.
Marcelo Andrade também avalia que a guerra dificulta a venda dos combustíveis a um preço menor. Ele aponta ainda a crise financeira causada pela Covid-19 como outro fator para a elevação dos valores.
“Esses reajustes criam uma dificuldade econômica muito grande, mas esse não é um problema isolado da Bahia. É um problema internacional, que eu atribuiria a fatores conjunturais, ou seja, de momento, e fatores estruturais, que já existem há mais tempo e que fazem parte da questão dos combustíveis. Do ponto de vista conjuntural existem dois fatores, o primeiro deles é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que modificou muito a cotação internacional do petróleo e tem interferido muito no preço, e a questão econômica ainda da crise da Covid-19. A Covid trouxe uma crise econômica, está trazendo ainda a inflação, problemas que tivemos e, em cima disso tudo está provocando também uma desvalorização do real, que perdeu muito peso em relação ao dólar”.