Com Auxílio Brasil, 'pobre come picanha, sim, senhor', diz João Roma em vídeo que promove campanha.

A fala está contida no vídeo postado nas redes sociais do postulante ao Palácio de Ondina, numa campanha de comparação entre o antigo Bolsa Família e o Auxílio Brasil.

Com Auxílio Brasil, 'pobre come picanha, sim, senhor', diz João Roma em vídeo que promove campanha.
Foto: Divulgação

Num vídeo com intuito de se promover como viabilizador do Auxílio Brasil, o candidato ao Governo da Bahia, João Roma (PL), disse que, com o benefício criado durante a gestão Bolsonaro (PL), “pobre come picanha, sim, senhor”.

A fala está contida no vídeo postado nas redes sociais do postulante ao Palácio de Ondina, numa campanha de comparação entre o antigo Bolsa Família e o Auxílio Brasil.

Na peça publicitária, Roma ataca o PT e elogia o presidente. “Desde que começou a crise no governo do PT e se agravou com a pandemia, as famílias baianas tem tido dificuldade para colocar comida dentro de casa”, afirmou.

Ao lado de uma mulher que recebe o auxílio, o candidato foi ao mercado para comparar quais itens consegue comprar com o valor antes pago pelo Bolsa Família – R$ 189 em média – e o que dá para ser adquirido com o Auxílio Brasil. “Disseram que pobre não come mais picanha, mas, com o Auxílio Brasil, pobre come picanha, sim, senhor”, celebrou.

A propaganda faz parte do processo de tentativa de viabilização política de Roma na campanha para governador. Estacionado na terceira colocação nas pesquisas até o momento, ele seria derrotado por ACM Neto (União) e Jerônimo Rodrigues (PT) na eleição.

Desde o início da pré-campanha, o Auxílio Brasil é uma pauta reafirmada por Roma e por Bolsonaro. O benefício foi criado no fim do ano passado, durante a gestão dele como ministro da Cidadania. 

À época, o Governo Federal promoveu manobra para garantir o auxílio dentro do orçamento. Foi enviada ao Congresso a chamada PEC Eleitoral, autorizou o governo Bolsonaro a gastar R$ 41,2 bilhões neste ano em benefícios, como o auxílio a caminhoneiros e taxistas.

Foi preciso aprovar uma Emenda à Constituição para driblar a lei eleitoral e o teto de gastos (regra que trava as despesas federais). Não há espaço no teto para um programa deste tamanho de forma permanente. Desta forma, ainda é incerto o valor de R$ 600 do auxílio para os próximos anos.