Coreia do Norte dispara outro míssil e aumenta tensões na península coreana

Na terça-feira (4), outro artefato militar lançado pelo país asiático passou sobre o Japão

Coreia do Norte dispara outro míssil e aumenta tensões na península coreana
Foto: Divulgação

A Coreia do Norte disparou outro míssil nas águas da costa leste da península coreana na manhã de quinta-feira (horário local, noite de quarta-feira no Brasil), disseram autoridades sul-coreanas, aumentando as tensões na área em meio a uma série de demonstrações de poder militar nesta semana.

O novo lançamento acontece pouco tempo depois de outro ato provocativo do país asiático. Na terça-feira (4), os norte-coreanos dispararam um míssil balístico que passou sobre o Japão – o primeiro em cinco anos –, levando Tóquio a pedir aos moradores que se refugiassem.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul responderam com lançamentos de mísseis e exercícios ao redor da península nesta terça e quarta-feira.

O caso também ocorre horas depois de uma reunião do Conselho de Segurança na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York sobre suas ambições nucleares.

Durante a reunião, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, acusou a Rússia e a China de permitir isso, sem citá-los diretamente.

A Coreia do Norte “desfrutou da proteção geral de dois membros deste Conselho. Esses dois membros se esforçaram para justificar as repetidas provocações da Coreia e bloquear todas as tentativas de atualizar o regime de sanções”, disse.

Referindo-se à Rússia e à China, Thomas-Greenfield pontuou: “Dois membros permanentes do Conselho de Segurança permitiram que Kim Jong Un” continuasse essas “provocações”.

Especialistas alertaram que os testes recentes da Coreia do Norte sugerem que uma escalada ainda maior nos testes de armas pode estar no horizonte.

“A Coreia do Norte continuará realizando testes de mísseis até que a atual rodada de modernização seja concluída”, avaliou Jeffrey Lewis, diretor do Programa de Não Proliferação do Leste Asiático no Centro de Estudos de Não Proliferação, à CNN no início desta semana.

Um teste nuclear pode acontecer “a qualquer momento”, acrescentou.