Isidório rebate acusações do Fantástico contra fundação Dr. Jesus

Isidório rebate acusações do Fantástico contra fundação Dr. Jesus
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O deputado federal Sargento Pastor Isidório (Avante), criador da Fundação Dr. Jesus, afirmou que as denúncias de maus tratos mostradas pelo Fantástico no programa do último domingo (19) são fruto de denúncia de pessoas que frequentam o local e que não querem vencer o vício nas drogas e no álcool.

“A comunidade terapêutica é para um gay vir, ficar de noite, de madrugada, querendo apalpar o outro, estuprar o outro? É para lésbica ficar querendo pegar pegar mulher de noite, apuço? Isso é amor? A gente tem obrigação de aceitar isso? Eles querendo dá facada, chega aqui querendo furar o outro de faca. Eles vem recuperar e quer trazer droga para aqui para dentro. Mulher querendo cortar a outra de gilete. Eu vou poder receber ajuda, como recebo desde o governo Wagner e Rui Costa; a gente tem dinheiro do povo aqui e como vou dizer que estou recuperando se isso aqui virar um brega, com os homens usando droga, mulher usando droga, um dando facada no outro? Isso é centro de recuperação?”, desabafou Isidório.

O político criticou o trabalho da emissora de TV, que segundo ele gosta de “botar sacanagem” e quer “liberar a maconha”. Ele convidou os membros da Globo para retornarem ao local e conversar com internos e os familiares.

“Rede Globo e o Fantástico deveria vir conversar com os 1200 internos, com os familiares, e não ouvir moleque que não quis recuperar, que quer ficar aqui dentro usando droga. Estou à disposição, a Bahia toda e o Brasil podem vir aqui conhecer. Não tem muito tempo que o GAECO, que o Ministério Público estadual e federal, o pessoal do MP veio aqui e existe um relatório. Se não me engano, eles dizem no relatório que aqui só está quem quer, ninguém está preso. Mostre aí se tem muro, arame farpado, alguém acorrentado”, desafiou o parlamentar e idealizador da fundação Dr. Jesus.

O deputado federal prometeu seguir fazendo o trabalho terapêutico com viés evangélicos. Ele afirmou que as denúncias de homofobia e transfobia em suas apresentações de recepção para os recém chegados ao espaço, com danças e uso de porretes, não passa de uma incompreensão do “teatro” que ele realiza.

“Vou continuar fazendo o que faço há 30 anos. Quando conheci Jesus e larguei o alcoolismo, as drogas, parei de planejar assalto, larguei o homossexualismo, a bruxaria, vou continuar orientando eles a seguir o mesmo caminho que segui e mudar de vida. Quem dá trabalho na rua termina lá morto por eles mesmo do tráfico, por grupos de extermínio. Aqui eles não estão dando trabalho para polícia, estão prostrados aos pés de Jesus, que tudo pode, o libertador que me libertou”, destacou Pastor Sargento Isidório.

Ao tratar das denúncias de restrição no tempo do banho dos internos, ele admitiu que existe uma contagem de tempo. Sobre as denúncia de retirada de alimentos, ele disse que no local há em excesso: “não posso deixar nego destruindo água que é o bem da humanidade. Controlo tudo para não faltar. O que não falta aqui é alimento, se quiser mostrar a verdade é só ir na dispensa, tem charque, leite Itambé”.

O pastor deputado destacou que parte dos valores recebidos, que, como mostrou a matéria, desde o início do governo Rui Costa (PT), em 2015, já alcança R$ 84 milhões, é aplicado em uma equipe técnica à disposição dos internos: “Isso aqui é uma família. A equipe técnica que está de plantão tem a minha esposa que é psicóloga, minha filha que é psicóloga, e temos mais de 30 psicólogos, temos mais de 30 assistente sociais, fruto do convénio com a secretária de Justiça e Direitos Humanos”.