Bolsonaro busca alternativas para substituir general Pazuello no Ministério da Saúde

Bolsonaro busca alternativas para substituir general Pazuello no Ministério da Saúde

                                              General está há quase 60 dias na pasta, que não tem titular | Foto: José Dias-PR

O presidente Jair Bolsonaro estuda nomes para substituir o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde. Interino, Pazuello está no cargo 59 dias. Nesta quarta-feira (15), a pasta completa dois meses sem ministro titular, em plena pandemia do novo coronavírus.

 

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o general pode voltar a ser o 02 do ministério, posto que ocupava na gestão de Nelson Teich. Ainda não se sabe quais opções estão no radar de Bolsonaro e de seu entorno para a Saúde. Desde o início da pandemia, o Brasil teve duas baixas na titularidade do ministério. A primeira foi a do ortopedista e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta, demitido por Bolsonaro após embates sobre as políticas que o governo federal deveria adotar no combate ao coronavírus. 

 

A outra foi a do oncologista Nelson Teich, que se demitiu também por desentendimentos com o presidente, principalmente sobre as medidas de isolamento social e o uso da cloroquina no tratamento da doença. Ao assumir o ministério interinamente, Pazuello demarcou diferença dos antecessores e se alinhou a uma posição cara ao governo: a aplicação da cloroquina em pacientes com Covid-19. Sua passagem pela pasta ainda foi marcada por outro episódio que deixou mais evidente a disposição do governo federal em contrariar políticas internacionais de combate à pandemia baseadas em critérios científicos e na transparência de dados sobre a doença. 

 

Sob a batuta de Pazuello, o Ministério da Saúde passou a atrasar a divulgação de boletins sobre a pandemia, além de ocultar informações sobre a quantidade total de casos e de óbitos acumulados do coronavírus. A medida levou veículos de imprensa - G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL - a criarem um consórcio para levantar dados diários sobre a pandemia junto às secretarias estaduais de Saúde. A União só voltou a divulgar as informações completas após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)